sábado, 28 de abril de 2012

Quem disse que na chuva não dá peixe?!


Chovendo muito, frio, 16o C, um pouco de vento, dia perfeito para não pescar. Errado, dia perfeito, como digo, só não dá peixe onde não tem peixe. A empresa dona do terreno onde tem a lagoa natural ao lado da casa do meu sogro, limpou o valo de escoamento da lagoa, ela foi formada por uma nascente que alagou o local e formou um pequeno valo de escoamento. O nível da água baixou após a limpeza, faço votos para que ela seja preservada, pois pelo que me parece a empresa está pensando em encanar o valo de escoamento e diminuir ao máximo o tamanho dela.



Ao saber disto, mesmo com chuva, pensei em me despedir de meus amigos aquáticos e fui pescar.
Pretendia estrear as minhas novas Fly Mosquitos que ganhei no final de semana anterior de meu pai, bem, não foi bem ganhado, achei ao meio de suas tralhas de pesca, como sabia que ele não pratica o Fly Caipira perguntei para que ele queria, ele acabou me dando, Paizão.



Comecei com um Fly mosquito azul e no primeiro arremesso veio uma tilápia de boca vermelha, "Guri Querido", me animei, vai ser um sucesso. Continuei os arremessos e mais a frente uma boa fisgada, brinquei um pouco com ele e escapou. A chuva caia forte, eu com uma capa de chuva descartável tranquilo observando. O que pude dizer que na chuva tem que se ter maior sensibilidade para perceber o peixe, caso contrário perde-se a fisgada.

Chovendo bastante, mas dando peixe.

Troquei para um Fly Mosquito amarelado, esta parece ser mesmo um pernilongo, alguns arremessos, localizei os peixes e mais outras tilápias. Como minhas fly eram de anzol maior não pegava as menores como ocorre com a isca "porvinha".  Foi um espetáculo peguei ao todo umas 6 tilápias de tamanho grande para o local.

Fly Mosquito Azul fazendo seu trabalho.

Minha pescaria foi mais uma despedida do lugar, só peço a Deus que proteja este lugar e que permaneça como está, pois nada podemos fazer contra o progresso. O local da lagoa conheci quando era um bosque em uma pastagem, agora rodeado de casas, o pasto todo aterrado.
Poço dizer que neste local aprendi a pescar com o Fly Caipira.
Não sou de criar confusão, mas escrevendo este texto me veio a cabeça de denunciar para a FAEMA ou FATIMA, IBAMA sei lá...

Guri Querido.

Outro Guri Querido.

Local: Lagoa Natural - bairro da velha Blumenau.

Fase Lunar: Nova.

Tralha: Molinete Ultra-Leve

Isca Artificial:Fly Mosquito Azul e Amarelo

domingo, 22 de abril de 2012

Pescando na Praia

Já fazia tempo que estava querendo pescar na praia, sabe aquela sensação de tranquilidade, somente você as ondas e sua vara na água. Combinei com meu pai e hoje saímos sedo para a praia, ele é um pescador de rio, também não tem experiencia com praia. Como eu, o que sei de pesca na praia é de pesquisas na internet, estava louco para fazer este teste. Mesmo não tendo equipamento ideal como manda os grandes mestres, sabe aquela coisa de vara com o dobro de tamanho do pescador, linha fina de 20mm, arranque de linha mais grossa e assim vai. Peguei simplesmente minha maior vara que tem uns 2,30m com linha 60mm, coloquei um chicote com três anzóis, isquei com camarão e mandei ver.

Meu mai arrumando a isca no anzol.

Esperamos, olhamos as ondas, as pessoas começarem a aparecer para a tradicional caminhada na praia matinal, trocamos as iscas, arremessa novamente... e assim seguimos nesta rotina tranquila e gratificante, pegar o peixe era um mero detalhe. Uma beliscada, confere-se as iscas novamente, arremessa e incia-se a rotina.

Tralha na praia. Este balde enganou muito curioso.

Não pegamos nada, mas o que serviu de consolo foi que aos poucos a praia foi se enchendo de varas, contava-se ao todo umas dez varas na praia, mas ninguém pegou nada. É acho que a temporada dos pescadores de praia começou, realmente pelo que sei a partir de maio inicia-se a pescaria na praia, ou será, só quem você vê na praia são os pescadores, melhor pra nós.

Pescaria tranquila e agradável, pena que faltou o peixe.

Logo depois chegou minha esposa e minhas filhas que se juntaram com minha mãe, minha irmã e meu pai que estavam na praia. Confere-se novamente as iscas, troca-se apenas para se ter mais alguma coisa a fazer e nada.
Hoje era o dia do peixe, mas valeu a pena, pescaria é assim. Pretendo comprar uma vara maior com uns 3,3m colocar um molinete com linha 20mm e fazer o que manda o figurino, porem acredito que pode-se divertir na praia assim como eu fiz, é só ter peixe.


Local: Praia do Quilombo - Penha - SC
Fase Lunar: Nova. 
Maré: Vazante.
Tralha: Molinete Vara Rígida
Isca Natural: Camarão.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Pescando no dia do índio.

Hoje é dia do índio, minha filha Gracyanne veio da escolinha toda enfeitada de índio. Então me perguntou, como os Índios fazem para comer na floresta. A melhor maneira é explicar na prática, peguei um saco de pão velho e fui levar para os peixes. Fomos todos tratar dos peixes, já estava escurecendo e sabia que pegar alguma coisa seria muito difícil, mas vamos lá.

Gracyanne no seu primeiro peixe.

Pose da pescadora.

Armei minha tralha com uma porvinha verde e mandei para água. Como os peixes estavam comento o pão que minhas meninas jogavam na água, passava com a isca próximo ao frenesi dos peixes.
Consegui fisgar a primeira tilapinha e dei para a Gracyanne puxar na minha vara com micro-molinete. Foi uma festa o primeiro peixe, bem agora tinha que pegar uma para a Angeli.
Lá vai, tenta, tenta, estava difícil pois os peixes queriam saber de comer o pão boiando sobre a água. Depois de mais alguns arremessos e lá veio mais duas tilapinhas.

Tem sentido levar para casa?

"Guri Querido"

Senso Ecológico é o mais importante, cada uma soltou o seu na água e aprendeu que lugar de peixe é na água e não na frigideira. Quer comer peixe, tem tando pesque e pague por ai, com peixe tratado, com estrutura, para que levar o da natureza.
Fiquei feliz pois minhas pequenas meninas já sabem disto.

Minhas pescadoras de primeira viagem.

Local: Lagoa Natural - bairro da velha Blumenau.
Fase Lunar: Minguante.
Tralha: Molinete Ultra-Leve
Isca Artificial:Fly Porvinha Verde

domingo, 15 de abril de 2012

Praga da Esposa influência na Pescaria.

Realmente comecei a acreditar que praga de mulher influência na pescaria, além de temperatura da água, fase lunar, vento e outras coisas. Acordei hoje pelas 6:00h e pensei em dar uma pescadinha enquanto todos dormem até as 10:00h. Me arrumei e quando estava saindo de casa minha mulher se levanta e começa a cobrança, ela quer que eu fique na cama, mesmo tendo insônia, mas tudo bem, voltei para cama, correu comigo e ficou me torturando até as 10:00h que decidi sair de uma vez.

Esta lagoa tem o jeitinho de traíra.

Fui até a lagoa que pesquei a alguns dias atrás devido ao ataques das traíras e a movimentação dos peixes. Observei muita movimentação e comecei com minha fly Ant Black, nada nem um sinal, troquei para uma porvinha amarela, nada nem um sinal, troquei para uma Fly Abelhinha, nada. Então decidir trocar de peixe, vou para as traíras, coloquei um flog com ant-enrosco e iniciei a busca por entre os aguapés. Jogava sobre a vegetação aquática e puxava vagarosamente como uma rã. Fiquei nisto por umas duas horas, tentei em vários lugares, entrei na mata e fui do outro lado da lagoa onde o acesso é mais difícil e nada, nem um sinal, praga de mulher brava é fogo.

Lugar lindo pena que não deu em nada.

Local:Lagoa após via dupla sentido Navegantes X Blumenau    
Fase Lunar: Minguante
Tralha: Molinete ultra-Leve
Isca Artificial: Fly Caipira (Ant Black, Porvinha verde, Larva Branca), Flog (Rã de silicone)

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Dando uma pescadinha rápida.

Ao retornar de Florianópolis hoje, não resisti e dei uma paradinha nesta lagoa natural localizada loco no final da terceira via na SC Blumenau X Navegante.
Preparei meu Fly caipira com uma porvinha vermelha e arremessei, os peixes estavam tumultuando a flor d'agua. E no recolhimento lento  já veio o pequeno lambari.
A espécie é o chamado Lambari Relógio, igual ao Lambari de rabo vermelho (Piava), observei muito deles caçando dando botes na superfície.
Depois de alguns arremessos minha boia foi atacada por uma Traíra que deu um bote promissor. Minha boia ficou toda arranhada.

"Guri Querido", deixei ele cair tomara que não machucou.

Imediatamente mudei para uma isca Biruta (nr 1) da Deconto e iniciei a caçada.
Após 10 minutos de arremessos sem resultados, troquei para a Cigarrinha da Deconto, por achar que daria mais resultado dado ao bote promissor.
Então chegou um homem que trabalha de "caçambeiro" e começou a conversar comigo, como tinha pouco tempo queria mesmo saber era de pescar, mas como todo bom pescador dei atenção a ele pois o assunto era o de sempre, "Pescarias".
Devido a nossa conversa os peixes sumiram e não peguei mais nada.
Somente foi boa a dica de pescar em um local chamado Barrando Alto, vou tentar uma hora dessas.

Lado direito da lagoa.

Lado Esquerdo com mais cara de Traíra.

Local:Lagoa após via dupla sentido Navegantes X Blumenau    
Fase Lunar: Minguante
Tralha: Molinete ultra-Leve
Isca Artificial: Fly Caipira, Biruta 1 e Cigarrinha

terça-feira, 10 de abril de 2012

Minhas Fly Moscas Secas que utilizo no Fly Caipira

Bem para facilitar a comunicação e o entendimento de quem me acompanha, decidi dar nome as iscas que utilizo no fly caipira e falar um pouco sobre o resultado que obtive com elas.

Fly Abelha.

Fly Abelha = Foi a primeira isca tipo mosca seca que me propiciou fisgar um peixe, foi um pequeno Acara, isto mesmo, ela dá muito bom resultado com as tilápias. Isto testado em vários lugares. Também com lambaris e saicangas maiores. Com lambaris menores eles até tentam mas "beliscam" e não levam.

Fly Mosca red

Fly Mosca Red = Na verdade é uma Ninfa, chamo de mosca red por parecer com uma mosca e as que possuo são de cor vermelho vibrante. Me proporcionou o primeiro lambari no Fly, tem a característica de trabalhar em meia água devido a bolinha de metal perto do engate (Pelo menos as que tenho são assim). Funcionado muito bem quando o peixe está meio preguiçoso.  
Fly Larvinha = Ainda não obtive resultados com ela. Apenas alguns beliscões. Isto por que deve ser trabalhada na caída, onde o peixe está. Na natureza as larvas não nada, o que não atrairá o peixe trabalhando feito uma mosca comum.

Fly Cupim = Chamada de Ant Black (Formiga Preta), obtive alguns resultados com lambaris e com tilápias. 
Me frustei quando utilizei, pois minha primeira isca foi devorada por uma traíra.

Fly Mariposa

Fly Mariposa = Já obtive resultados com tilápias, acredito por confundirem com pedaços de pão. Em lagoas com postes de iluminação observei também um bom resultado, possivelmente por cair na água durante a noite. Uma de minhas iscas deste tipo me rendeu uma bela briga com um traíra em uma lagoa natural.

Porvinha - Isca Símbolo do Fly Caipira.

Fly Porvinha = Está é isca do Fly Caipira, quer mais caipira que isto? Simples e prática, trata-se apenas de um rabinho de pena ou linha enrolado em uma micro anzol. Não sou nenhum mestre no atado, mas já fiz várias que sempre rendem muita diversão.  Pega lambaris e saicangas tanto grandes como pequenos.

E vamos colocar na água e pegar nossos amigos.

sábado, 7 de abril de 2012

Pescaria atrapalhada.

Tem dias que não estamos bem. Tudo parece meio atrapalhado, não sei se por que o feriadão é meio tumultuado,  cheio de eventos, reuniões de família, cerimonias religiosas. Sei que no sábado já estava cansado, queria mesmo escapar e curtir a tranquilidade. Pensei em voltar em meu pesqueiro preferido e brincar com minhas amigas saicangas.

Água fria, dia calmo.

Sai logo cedo e 7:00h já estava no rio, água fria, brisa gelada, mas vontade a mil. Entrei na água e fui me acostumando com a temperatura, pensei que teria dificuldade até que os peixes iniciassem a procura por comida. Não via nenhum sinal de peixe, nem grande, nem pequeno, iniciei a pescaria com minha fly abelhinha, nenhuma beliscada, mudei então para uma porvinha vermelha, nada. já eram 8:30h e finalmente a primeira piava, que grande, parecia uma matrinxã.

"Guri Querido."

Fui trocar de isca e lá se foi a porvinha para a água, perdi uma. Mudei para minha mosca red, mais uma hora de arremessos e nada. Diminui a puxada para deixar a isca ir mais ao fundo e dei resultado, uma linda saicanga. Adoro este peixe, acho muito bonito. Uma parada para tirar fotos, oxigenado o peixe, mais fotos, uma despedida e lá foi o "guri" de volta para a água.
Fiquei animado e continuei com a isca, mais alguns arremessos e lá se foi a isca enroscada em uma arvore.

Saicanga brigando na flor d'agua.

Pensei em desistir, comecei a me arrumar para ir embora, mas não pude aguentar um cardume de lambaris beliscando a flor d'agua. No afobamento consegui arrumar uma linda cabeleira no molinete que levei meia hora para desfazer, lá se foi meu cardume.

Outro Guri Querido.

O lugar estava tranquilo, pássaros cantando, barulho de água corrente, o sol aparecendo entre as nuvens.
Que Deus continue abençoando este lugar, e que os homens controlem sua natureza destrutiva e respeitem este santuário.

fly mosca red em ação

Local: Rio Encano - Indaial - SC
Fase Lunar: Cheia
Tralha: Molinete Ultra-Leve
Isca Artificial: Fly Mosca red, Porvinha Vermelha, Fly Abelha.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Pescaria de 10kg sem pescar

Como hoje é sexta-feira santa, a tradição da região é comer peixe e por incrível que pareça não tinha nenhum peixe para fazer em casa, minha ideia era assar um Pacu ou uma Carpa. Após participar da via sacra que iniciou as 6:00h eu e minhas família fomos ao Pesque e Pague Smith (Das Beer) para comprar algum peixe, hoje estavam abrindo a maior lagoa.

Foto da lagoa menor

Logo que chegamos pudemos presenciar a luta pela vida, não quero ser melodramático mas depois que começamos a aprender a soltar os peixes que capturamos ficamos meio pensativos, uma linda fila de bagres africanos de tamanho considerável, peixes de 20kg para cima, nadando sobre o lodo para fugir da captura.
O bom é que de tão grandes ninguém os levou e voltaram para outra lagoa, aproximadamente uns 30 peixes.

Em fila para se salvar

Escolhemos as tilápias, todas de 2kg para cima, mais uma carpa capim de 5kg.
Enquanto esperava para que os peixes fossem limpos, fiquei esperando da forma que acredito ser a melhor deste lugar, pescando. Porem os peixes não queriam saber de comer, queriam ficar escondidos e quietos depois de tando movimento e stress passado. Muitos e muitos anzóis na água mas ninguém pegava nada, tentei uma novo sistema de pesca, não vi em nenhum lugar mas parece dar mais certo no lugar, coloco uma garatéia pequena em um flexível de aço, escondo a garatéia com massa, fazendo uma bola maior de massa e sem chumbo e mais nada jogo na água, a bola vai para o fundo e fico com o dedo na linha para sentir o peixe. Hoje não era o dia, senti apenas uma mamada mas nenhuma investida, sabe até que não achei ruim.
Deixa eles descansarem um pouco. Comprei 10kg de peixe e fomos para casa preparar o almoço.

Coisa linda os bichões no tanque. 

Na espera da limpeza dos peixes.

Local: Pesque e Pague - Schmit (Das Beer)
Fase Lunar: Cheia
Tralha: Molinete Leve
Isca Natural: Massa.

* Desculpe a qualidade da foto, foram do celular.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Peixes Nativos - Jundiá - Chorão

JUNDIÁ (Rhamdia quelen)
ou Chorão.


Espécie de couro de água doce, da família Pimelodidae, pode atingir até um metro de comprimento e 10 quilos de peso. A sistemática do gênero Rhamdia é confusa desde que foi descrita. Recentemente, pesquisadores promoveram uma ampla revisão taxonômica do gênero, baseada em caracteres da morfologia interna. A conclusão é que esse gênero é formado por apenas 11 espécies entre as 100 anteriormente descritas.

O que mais chama a atenção na espécie é seu padrão de cores – entre marrom e bege – mas principalmente as formas irregulares das manchas, muito semelhantes às de uma onça pintada. A pigmentação da parte inferior da cabeça é variável. Possui grandes barbilhões que lhe servem como órgão sensitivo, cabeça achatada e maxila superior um pouco mais longa que a inferior.

Seu corpo é revestido de couro, apresentando uma longa nadadeira adiposa. O espinho da nadadeira peitoral é serrilhado em ambos os lados, sendo os olhos de tamanho médio. Esse peixe é onívoro, com uma clara preferência por outros peixes, crustáceos, insetos, restos vegetais e detritos orgânicos.
Iscas para Jundiá: Camarão Morto, Sapo de Borracha, Minhoca, File de Peixe, Salsicha, Figado.

Deve-se ter muito cuidado ao manuseá-lo, possuem esporões nas nadadeiras dorsais que calção muita dor.
Os esporões são serrilhados, desta forma ao penetrar na pele são difíceis de tirá-los.
Sua pescaria tem maior resultado em dias que a água do rio está turva ou ao entardecer quando saem de suas todas para se alimentar.
Vale lembrar que se deve utilizar anzol sem fisga de preferencia biodegradável, pois possui o costume de engolir o anzol dificultando a retirada, macucando muito o peixe o que  impossibilita a devolução ao rio.

Características: coloração acinzentada-escura, ventre branco.
Habitat: rios com fundo arenoso, remansos de rios e próximo à boca do canal onde procura alimento.
Ocorrência: todo o Brasil
Hábitos: notrunos.
Alimentação: Onívoro.
Ameaças: poluição e destruição do habitat.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Peixes Nativos - Traíra - Peixe Lobo

TRAÍRA (Hoplias malabaricus)
ou Peixe Lobo.

Nome científico: Hoplias malabaricus


A Traíra (Hoplias sp.) ou Lobó é um peixe carnívoro de água doce da família Erythrinidae. A traíra pertence a um grupo de peixes desprovidos de nadadeira adiposa. É um dos peixes mais populares do Brasil, presente em quase todos os açudes, lagos, lagoas e rios. Nas regiões que oferecem boa alimentação é comum que atinjam 69 cm de comprimento, e alguns exemplares excedem 2 kg de peso.

Sua pesca é feita de anzol, com isca de peixe ou carne; as traíras de mais de 1,3 kg só costumam atacar iscas em movimento, como as artificiais. Deve-se ter cuidado ao manipulá-la, pois costumam dar mordidas muito dolorosas e que sangram abundantemente. É indesejável em piscicultura, pois alimenta-se vorazmente de alevinos e peixes jovens de outras espécies. Tem marcada predileção por sombras e escuridão. É um peixe territorialista e canibal; protege suas crias até que se espalhem em meio a vegetação marginal.
Devido às características carnívoras e à sua predileção pelas sombras e escuridão, o vocábulo "traíra" também é utilizado como gíria (Brasil) para identificar o indivíduo traidor, que age nas sombras, sorrateiramente delatando ou prejudicando seus colegas. A traíra é talvez o peixe mais encontrado no Brasil, pois basta ter um fio de água para que ela se faça presente.

É um peixe voraz, briguento, completamente territorial e muito esportivo. Possui dentes afiadíssimos e todo o cuidado é pouco no seu manuseio, pois além de tudo ela é extremamente lisa e escorregadia.
A traíra está ativa quando a água está quente, com temperatura acima de 18 graus celsius. Ela habita locais de água parada e com vegetação aquática abundante. Pedaços de madeira, troncos caídos, latas, são um ótimo esconderijo para as traíras. Nos meses frios se enterram no fundo para suportarem a baixa temperatura da água.
A pesca com iscas artificiais é uma ótima opção para quem deseja capturá-las. Quanto às iscas naturais, pequenos peixes, rãs e minhocas são parte de seu cardápio predileto.

Tanto na pesca com iscas artificiais, ou então com as tradicionais varas de bambu, um líder grosso ou um empate de aço são recomendados, pois seus dentes são muito afiados. Se você estiver pescando com anzol simples, este deve preferencialmente ser de perna comprida, pois é uma segurança a mais.

Dicas para pescá-la: Ao optar por iscas artificiais, seja persistente já que as traíras às vezes são um pouco lentas e podem demorar a atacar. Iscas de hélices, poppers e zaras são bastante eficientes, pois o barulho que produzem atrai essas implacáveis caçadoras.

Curiosidades: Podem muitas vezes ser responsabilizadas pelo amor à pesca de diversas pessoas que as capturaram em pequenos lagos de sítios ou em grandes quintais. Sua agressividade e espírito de luta sempre proporcionam muitas festas a vários pescadores, veteranos ou principiantes.

Características: peixe de escamas que atinge 60 cm de comprimento e 4 K de peso. Corpo cilíndrico, boca grande, olhos grandes e nadadeiras arredondadas, exceto a dorsal. Coloração marrom ou preta manchada de cinza.Possui dentes poderosos e afiadíssimos. Língua áspera ao tato, o que a diferencia do trairão, que apresenta a língua lisa. É utilizado em açudes e represas como controlador de populações demasiadamente prolíficas como tilápias e piabas. Tem alta resistência a locais com pouco oxigênio. Apesar do excesso de espinhas, em alguma regiões é bastante apreciado como alimento.

Habitat: águas paradas de lagos, represas, brejos, remansos e rios tendo preferência por barrancos com vegetação onde espreitam e emboscam suas presas.
Ocorrência: todo o Brasil.
Hábitos: temperamento agressivo e solitário. Caçam, preferencialmente, ao amanhecer e ao entardecer. Altamente territorialista. É mais ativo durante a noite.
Alimentação: carnívoro, alimentando-se de pequenos peixes, rãs e insetos. Espera a presa imóvel junto ao fundo de lama ou em locas de pedras, desferindo um bote rápido e fatal.
Ameaças: poluição e destruição do habitat.


Foto de Exemplar Capturado

domingo, 1 de abril de 2012

O maior sempre escapa.

Para minha felicidade, no domingo logo cedo minha filha Angeli pediu para que leva-se ela para pegar um peixe bem "groansi" e saímos para o Pesque e Pague Smith. O local tem uma ótima estrutura, parque para as crianças (era o principal interesse das minhas filhas), servem almoço, limpam o peixe e com direito até a chopp artesanal. Me preparei para me dedicar a pescar e dar atenção para elas, desta forma levei apenas uma vara de ação lenta com linha 20mm para pegar tilápias, o local tem exemplares de até 3kg. Nos instalamos, coloca-se as varas telescópicas na água, as meninas seguram um pouco, esperam um pouco (bem pouco) e vão para o parque.

Foto de família de pescador.

Eu e minha esposa permanecemos cuidando das varas, os peixes estavam um pouco assustados devido a terem passado rede nas lagoas, a venda de peixe em época de quaresma é muito grande na região (Blumenau-SC). Observei que os peixes se concentravam no centro da lagoa, joguei minha isca no local, algum tempo depois, uma enorme puxada levando quase toda a linha do molinete. Coração a mil, trabalha o monstro, leva a linha novamente, percebi que o molinete não estava regulado corretamente, tentei travalo um pouco, novamente uma enorme puxada, como estava travando o molinete a enorme investida do peixe arrebentou a linha. Combinação de Equipamento errado, com linha errada, estratégia errada com o peixe certo, deu o que mais se escuta de um pescador, "O Maior Escapou". Pelas caracteristicas da puxada, provavelmente era um pacu. Fica para a próxima.

Foto de pescador desesperado.

Local: Pesque e Pague - Schmit 
Fase Lunar: Crescente
Tralha: Molinete Leve, Varas Telescópias
Isca Natural: Massa.