domingo, 16 de junho de 2013

Pescaria de Quase Inverno

Stressados da semana que passou, mesmo chegando sábado praticamente a noite fomos para o litoral.
No sábado só deu tempo de comprar camarão e marisco e dar uma voltinha já noite na praia do Quilombo.

Dia tranquilo de inicio de inverno na praia

Domingo com tempo fechado, friozinho e preguiça batendo fomos para a praia tarde por volta das 09:30h.
Embora ter levado minhas duas varas de pesca de arremesso, levei para a praia apenas a Versus 3900t, pois esqueci os assistentes (PVC) em casa, improvisei um cano que encontrei na casa de praia.

Betarinha do dia
O mar estava tranquilo, onda limpas não muito forte, tudo muito tranquilo e calmo, somente eu e minha família na praia. Enquanto pescava as meninas se divertiam em fazer castelo de areia e minha esposa confeccionava puceiras de conchinhas para elas. Ao iniciar não botei muita fé pois pude avistar duas redes de pesca, uma em cada extremidade da praia, os famigerados caçadores de tainhas.

Utilizei como primeira isca camarão, estava louco para ver um Pampo surfar nas ondas limpinhas, mas após algum tempo ví que a coisa não seria tão fácil, comecei a não arremessar tão longe para dentro, colocando o chumbo logo atrás da arrebentação. A técnica deu resultado, logo senti alguns peixes beliscarem, de depois de algum cuidado consegui fisgar uma pequena Betara. Pronto o coração do pescador já foi regulado novamente, é incrível a adrenalina que é disparada ao sentir um peixe fisgar, se é grande ou pequeno você só terá certeza quando tirar o peixe da água.

Levando o peixinho para a água
Bati foto e deixei minha pequenina leva-lo para água. Elas já vão aprendendo a preservar a natureza, criando a consciência de habitarmos este mundo lindo e não consumi-lo desenfreadamente.
Não aguentando, pois já era 11:00h, troquei a isca para as minhocas da areai, certo que pelo menos alguns Pampos menores pegaria. Logo comecei a sentir as beliscadas do peixinhos, minha mulher então já tinha me convidado para irmos para casa pois já eram 12:00h, comentei a ela, então deixa eu acabar com esta isca, logo senti o puxão, pude perceber que o peixe era mais brigador do que o de antes, fui puxando e observando as ondas, louco para ver um Pampo Surfar, mas ví que era um peixe mais cilíndrico.

Um belo Uburana Rato veio tirar algumas fotos com a gente, o peixe dei azar pois se enrolou na linha e se machucou um pouco. Acho que é o maior que já peguei, deveria ter uns 20 cm, lembra de quando comentei, este exemplar somente consigo capturar com as Minhocas da Água. Vamos ver como vei ficar no verão pois até o momento só capturei em tempo mais frio. Levei meu amigo para se recuperar, ele se machucou bastante, demorei até solta-lo, fiquei na dúvida, mas ele saiu nadando lentamente para dentro da onda.



A pescaria não foi longa, poucos peixes, mas só de estar neste marzão com minha família, na paz e na tranquilidade vale mais do que uma pescaria radical. Bem o Stress meu e de minha esposa foi embora e voltamos para casa prontos para outra.

Belo Uburana Rato


Para mostrar o Stress que estava

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Peixes de Praia - Michole-de-areia

Nome científico: Diplectrum radiale
Família: Serranidae

Michole da Areia
Tamanho: Chegam a 30 centímetros.
O que come: Crustáceos e pequenos peixes.

Status de conservação: Não está ameaçado.
Pequenos pedaços de camarão em filezinhos e anzóis pequenos são uma fórmula certa para fisgar micholes em áreas com fundo de areia. Devido à boca grande, mesmo iscas maiores podem ser atacadas, bem como iscas artificiais trabalhadas junto ao fundo.


Distribuição Geográfica: Encontrado no Atlântico ocidental, desde a Carolina do Norte e Flórida (EUA), Golfo do México, Bahamas, até o Uruguai. Ocorre por todo litoral brasileiro.

Descrição: Possui corpo alongado e levemente comprimido lateralmente. A boca e os olhos são relativamente grandes para o tamanho da cabeça. A coloração do corpo é levemente amarronzado no dorso e nas laterais, clareando em direção ao ventre, até ficar branco. Possui de 5 a 7 faixas verticais no corpo, de cor amarelado ao marrom, que ficam mais evidentes enquanto o peixe repousa. Uma faixa mediana, mais escura, vai do olho até o pedúnculo caudal, onde possui uma mancha na parte superior do pedúnculo. Linhas azuis percorrem a extensão do corpo praticamente paralelas, e na cabeça essas linhas são irregulares. A  nadadeira pélvica é longa, e a caudal é levemente côncava.
Medidas máximas: 30,0 cm de comprimento e 1,0kg.

Ecologia: Vivem em fundos de areia, desde estuários e praias a baías abertas, costões e recifes, entre três e 80 metros de profundidade.  Habita águas rasas e abrigadas, com preferência por águas quentes. Podendo ser encontrados também em naufrágios ou formações rochosas afastadas da costa. Vivem solitários em pequenos buracos nos fundos arenosos ou debaixo de pedras. Se alimentam de pequenos crustáceos e pequenos peixes capturados próximos do fundo.

Mais nomes populares : Canguito, Jacundá, Margarida, Michole, Michole da areia, Michole de areia listrado, Michóli e Mixole.

Michole-da-Areia

sábado, 8 de junho de 2013

Dia lindo de Outono, Noite fria Polar

Saímos eu e meu parceiro de pescaria Sr. Nelson já as 13:30 horas, tínhamos pretensão de pescar uns peixinhos "fundiado" antes de pegar as espadas. O dia prometida, outros amigos estiveram na terça e na quinta e pegaram alguns exemplares de dar inveja.

Dia lindo, sem nuvens, sol típico de outono.

Ao chegar na praia do trapiche o dia estava lindo, sem nenhuma nuvem, sol típico da época, sem ondas o mar estava com a água muito limpa, bem verde dava para ver vários metros ao fundo.

Preparamos toda a tralha, colocamos as varas no assistente e lá pelas 15:00 horas o tempo virou, realmente o mar é algo imprevisível, começou a bater um vento sul muito frio e forte.

Tudo muito calmo, só pescadores.
Nos preparamos instalando algumas lonas na parte do vento, dava para "arrepiar até o cabelo do céu da boca". Começamos a ficar com dúvida e torcer para que o vento não trazer uma tempestade. A previsão foi instantânea entre nós - "Vai se repetir a mesma coisa que da vez passada".

Armei uma de minhas varas com anzol utilizando mariscos como isca, pretendia pegar algum peixe diferente.  Pelas 16:00 horas, logo após chegar nossos companheiros  Marcio e Sr. Adilson, minha vara combat começa a dar sinal de bicho na linha. Dei uma fisgada sutil e senti o peso, o guri não brigou muito, reboquei para fora. Um Michole-da-Areia ( como conheço por aqui) um peixinho muito bonito, lembra um pouco um Black-bass, boca grande com serrilhas como dente. Mostrei para o Sr. Nelson que não conhecia o peixe (Não é pescador de praia), tirei algumas fotos e soltei o guri que foi contente para o fundo.
Maré estava um tapete

Realmente o tempo estava maluco, este peixe aparece geralmente em locais com pedras em encostas de praias, acredito que ele foi trazido pela correnteza que ventava do continente para o mar.

Mais algum tempo, acredito que em torno de meia hora, mais um sinal de peixe, agora na vara que estava iscada com rabo de charuto, fisguei e senti o peso, era um peixe maior, mas devido a pouca briga sabia  cantei a bola dizendo que era um bagre. Dito e feito, um bagre preto de tamanho bom, uns 40 Centímetros, bicho de sorte, veio no anzol certo, se cair no anzol do Sr.Nelson, com este tamanho, vira um frito.

Tirei algumas fotos e soltei o bagrinho na água que desceu feito uma bala para o fundo. Pouco depois o Sr. Adilson pegou um "canivetinho", mesmo dizendo que estava abaixo da cota ele deixou embarcado (Pescador velho sem consciência) .

Antes de iniciar o vento

Estava anoitecendo e o vento aumentando, já tinha colocado todos meus casacos e calças (4 casacos e duas calças), o vento queimava o rosto, os lábios doíam, felizmente possuo certa resistência ao frio, mas os demais dava para ver tremer.

Sr. Nelson pegou um escada, Marcio também, esses de tamanho médio (Acima de 75cm). Sr. Adilson pegou mais dois, agora de tamanho certo, só faltava eu iniciar. Observei que as espadas estavam bem manhosas, mordiscando a isca sem pegar com força. Comecei então a dar um pouco de ação a isca, recolhendo e soltando a isca de vez em quando. A técnica deu resultado, logo vi o led ser legado, esperei um pouco e dei um pequeno puxão, só para fisgar. Veio então a primeira espada, era um pouco maior que a dos demais, mas já passava das 20:00 horas.

Michole da Areia

Mais uma hora de calmaria e nova ação, praticamente cada um pegou mais uma espada. Sr. Adilson estava pescando com 5 varas e conseguiu uma produção maior, porem eram todas pequenas.

Ventou Sul começou a bater
Já eram 22:00 horas e o placar estava, Eu, Sr. Nelson o Marcio 2 espadas cada um, Sr. Adilson 5 espadas, duas de tamanho acima de 75 cm. 
Muito ruim, cantei a bola para o Sr. Nelson que ficaríamos no máximo até a meia noite, o panorama não iria mudar, o frio estava realmente judiando a gente, o correto seria estar com aqueles macacões que o pessoal do seriado Pesca Mortal usa (Discovery - mostra pesca do caranguejo do ártico).

Deu tempo para pegar mais uma e assistir uma doida tentar pegar o meu pé, como estava com a botina apoiada da beirada da balsa uma espada pulou da água em direção ao meu pé e caiu dentro da balsa. Sei  que você deve estar pensando - Estória de Pescador, mas foi isto mesmo que aconteceu, era pequena abaixo do tamanho, peguei a danada com cuidado para não me morder e soltei - Valeu o Show.

Troféu do dia - Maior Peixe

Pela meia noite arrumamos tudo e voltamos, pensava apenas em tomar um bom banho quente e tomar um chocolate quente.


Resultado da Pescaria
Resultado: Eu, Sr Nelson e Marcio com três Espadas Embarcadas, Sr. Adilson com 2 de tamanho padrão e 4 com tamanho pequeno "Canivete". 

O Marcio pegou também uma tartaruga-de-pente que estava enleada em uma rede de pesca (Conseguimos tirar a rede e solta-la) e duas moreias.

Não poço esquecer do michole e o bagre que pelo menos me deram um pouco de ação.


Não estamos navegando, estamos parados.



segunda-feira, 3 de junho de 2013

Peixes de Praia - UBARANA RATO

UBARANA RATO (Albula vulpes)

Nome científico: Albula vulpes
Família: Albulidae
Nomes populares: Banana, Bonefish, Parati.

Características: é um dos peixes mais procurados do mundo pelos pescadores esportivos, devido à sua força descomunal. Muitos, inclusive, afirmam que são os peixes de maior relação força/peso. Boca bastante afilada, inferior, o que lhe rendeu este nome, as ubaranas rato podem atingir um 1 m de comprimento e quase 10 Kg. Corpo delgado, fusiforme, comprimido. Focinho cônico, estendendo-se sobre a boca, cartilaginoso  e  pontiagudo.  Ventre liso, sem escamas.


Coloração: Prateada, tendendo parao azul-esverdeado, com nadadeiras dorsal e caudal mais escurecidas, tendendo para o cinza-chumbo.
Habitat: águas rasas estuarinas, mangues e bocas de rios. Tolera águas com baixo teor de oxigênio. 

Ocorrência:  Litoral norte e nordeste do Brasil. 

Hábitos:  Nadam em águas tão rasas que muitas vezes as pontas de suas nadadeiras ficam à mostra. Peixe muito arisco. Formam grupos de até 100 indivíduos.

Alimentação: Fauna bentônica de crustáceos, moluscos e pequenos peixes.
Reprodução - maturidade sexual é alcançada aos 2 anos. 

Predadores: Naturais - tubarões e barracuda.
Ameaças pesca predatória, poluição e destruição do habitat. 

Pessoalmente os exemplares que capturei em praia não passavam de 30 cm, mas são peixes que brigam muito até estar em mão. Vale lembrar que é um peixe sensível, deve-se esperar recuperar o folego antes de soltar na onda.

Outra dica interessante, este peixe somente apareceu em minhas capturas utilizando como isca as minhocas da areia, nenhuma ocorrência utilizando camarão, marisco da areia, tatuíra ou corrupto.

Pequeno Ubarana Rato.