segunda-feira, 22 de julho de 2013

Pescador de Neve

Montanhas brancas de Neve

Saímos logo cedo para mais uma aventura.
O objetivo era aproveitar a alta possibilidade de cair neve na serra catarinense e pescar trutas em temperaturas a baixo de zero.

Saímos de Blumenau as 4:30h da manhã e fomos direto ao morro da igreja em Urubici-SC, ponto mais alto de Santa Catarina. Chegamos por lá por volta das 9:00h com o termômetro marcando 1 grau. Para nossa surpresa ao chegar no alto do morro nos deparamos com muitas pessoas com seus carros estacionados aguardando a neve, uma verdadeira bagunça organizada. Decidimos aguardar por pelo menos três horas, estávamos bem agasalhados, com comida e lanches disponíveis, água e refrigerante, sem nenhuma necessidade.

Somente eu e mais algumas pessoas tinham coragem de ficar fora do carro, o termômetro baixou para zero grau quando iniciou uma espécie de chuva congelada, com o vento e o frio a sensação era segundo o pessoal de -10 graus. Acredito por que fiquei com o rosto todo queimado do frio. Dava para ver os flocos de micro granizo caindo no para brisa do carro.

Tirei algumas fotos de minha jaqueta toda pintada de chuva congelada. Depois o tempo começou a limpar e podemos observar que uma montanha mais a frente estava branca, coberta de neve em toda sua extremidade. Acho que na caça a neve exageramos na altura e a neve caiu nas montanhas mais a baixo e no vale. Nos arrumamos e saímos em direção a São Joaquim, a ideia era  parar em algum dos pesque e pagues que possuem trutas para pescar.


Logo saindo de Urubici encontramos arvores congeladas, certas coberta por uma camada de gelo, mais a diante a impressão de que a relva tinha sinal de neve. Observei que de vez em quando passava um carro com um boneco de neve no capô, concluímos as fotos e saímos a procura de locais que possuíam neve.
Um pouco antes de chegar em São Joaquim começamos a encontrar locais totalmente brancos com o acumulo da neve. Geralmente locais que ainda não tinha batido o sol que após limpar o tempo tornou um ambiente muito lindo com céu azulado.

Neve Acumulada
Andamos mais um pouco e nos deparamos com um verdadeiro festival da neve, bem na pousada onde pretendia pescar as trutas, muita gente parada apreciando a neve acumulada. Na pousada Snow Valley possui vários chalés para alugar com trilhas ao meio de bosques. Peguei uma das trilhas e fui atrás de um riacho que dizem a lenda possuir trutas naturais, na verdade um dos pontos altos da minha viajem era explorar estas trutas. Andei um pouco pela trilha mas infelizmente a lama causada pela chuva contínua nos últimos dias estava intrafegável. Em duas curvas de caminhada meu tênis parecia uma bota sete léguas, minha esposa pediu para que eu deixar para outra ocasião e ficar apenas com a apreciação da neve.


Caminho paras as Trutas

Pescaria frustrada, ficou a apreciação deste maravilhoso espetáculo da natureza.

Caminho para as Trutas

Pousada Snow Valley - São Joaquim - Sc

Caminho das Trutas

Morro da Igreja em Urubici - SC:

domingo, 7 de julho de 2013

Pescando Parati Barbado no Inverno

Hoje deixei a preguiça de lado e saí sedo da cama. Já as 08:00 horas estava na praia armando minhas varas.
Nenhuma alma viva na praia, tudo tranquilo e calmo. Dessa vez não tinha surfistas e as onda continuavam com três arrebentações bem definidas.

Praia típica de Inverno

Observei que continuava com muitas algas e materiais orgânicos na água, então procurei um local com mais onda e que a praia é mais profunda. Geralmente estas características podemos encontrar mais ao centro da praia, tentando ficar o mais longe possível dos costões onde se depositam este material.

Já de início ví que nas primeiras arrebentações seria difícil pegar alguma coisa, isto por que estava pescando com minhoca da areia e os Síris batiam forte comento toda a isca. Até peguei um Síri pela boca no anzol, coisa que demonstra a quantidade que deveria ter naquela profundidade.

As minhocas da areia são boa isca, porem observei que atraem com frequência os Síris.
Comecei a arremessar o mais longe possível tentando ficar paralelo ao vento. Alem do frio estava batendo um vento forte e frio o que de certa forma prejudicou a pescaria durante as primeiras horas de pesca.
Só então quando o vento passou e encontrei o local onde estavam os peixes que tirei meu primeiro Paratí Barbado. O tempo estava meio fechado, com ondas forte e com bastante material orgânico o que favorece a pescaria desta espécie.

Cometi um erro gravíssimo ao  soltar o peixe, não deixei ele se recuperar. O Paratí é um peixe que briga forte no início da fisgada mas logo se entrega, deve-se esperar um pouco que ele se recupere dentro da água para solta-lo, caso contrário vai acabar morrendo de rolo nas ondas. Fiquei com dúvida se este exemplar se recuperou a tempo.

Mais um pouco de tempo e tirei um pequeno Pampo. Percebi que as minhocas atraem pampos de tamanho pequeno. Soltei o garo que saiu faceiro para dentro no mar, este peixe é brigador e forte, bem resistente, pois até levei certo tempo até bater a foto e ele saiu bem  forte para dentro.

As meninas e minha esposa já tinham chegado na praia. Inventarão de soltar uma pipa tipo asa delta, dei atenção para elas e tirou um pouco da atenção nas varas que ficaram sem isca.
Depois de uma nova calmaria e com as minhocas acabando estava ficando preocupado que iria ficar só nisto, nas finalmente um escanda-lo na ponta da vara anunciou mais um Paratí.

Paratí em dia de Inverno

Retirei o garoto que levou a linha de um lado para outro da praia, até que se rendeu o o trouxe para tirar umas belas fotos. Desta vez esperei que ele se recuperasse para solta-lo, saiu forte e tranquilo nadando para dentro das ondas.

Espero da próxima vez pescar com camarão rosa bem fresco para garantir Pampos maiores. Pela experiencia as minhocas são boas mas atraem peixes menores.

É prudente esperar o peixe se recuperar antes de solta-lo

sábado, 6 de julho de 2013

Testando novas possibilidade - Isca Artificial na Praia

A algum tempo estava querendo testar novas possibilidades na pesca de praia.
Minha intenção era utilizar algumas iscas artificiais na praia, saí meio tarde, a preguiça bateu forte e a cama não queria me deixar sair. O dia estava azul, sem nenhuma nuvem, ao chegar na praia me deparei com a mare bem baixa com ondas bem distribuídas, dava para ver bem definido as três baterias de ondas.

Camarão Artificial
Levei minha varinha velhinha de 15 anos, equipamento leve com linha 32mm.
Iniciei com um camarão artificial com chumbo interno, os chamados jigs.
Joguei o mais longe que pude arremessando na terceira onda e fui fazendo movimentos de ponta de vara tradicionais desta isca. Levantava a ponta de vara abaixando lentamente recolhendo linha.

Mar típico de inverno
A maré baixa trouxe outro problema, muitos enrosco e algas, alem de alguns surfistas que foram vindo para minha frente. Adoro esportes com o mar, surfing, stand up, sky surfing mas levo azar quando estou praticando pesca. E para dar um ultimo tempero no nível de dificuldade observei alguns pinguins nadando ao longe o que faria os peixes também desaparecerem.

Não obtendo muito resultado com o camarão artificial, troquei por um jumping jig de cor verde limão, minha  intenção era simular algumas manjuvas na maré. Com o jumping jig o arremesso rendeu mais, com o trabalho de ponta de vara podia variar e com as ondas retardar o recolhimento.

Mas realmente estava difícil, já estava na hora de voltar para casa e almoçar, já passava das 13:30h.
Mais alguns arremessos e pude para minha felicidade observar o bote de um farnangaio, era de tamanho grande e tentou pegar a isca. Pena, acredito que mais um pouco e era provável que conseguiria pegar um.

Jumping Jig
Pretendo realizar mais alguns testes, quero testar também com alguns tipos de colheres para ver no que dá.
Vamos aguardar.

No meu retorno me deparei com um pinguim morto na praia. Durante o período do inverno esta sena não é tão rara no sul, eles se perdem atrás de correntes mais quentes e acabam se perdendo.

Pinguim morto na praia


quarta-feira, 3 de julho de 2013

Síndrome do Pescador Lobisomem


Uma das superstições mais discutida e comentada no esporte de pesca esportiva é a influencia da lua sobre a pesca. Existem mil e uma explicações, uns afirmam que na lua nova é bom, que na lua minguante e o mais escutado e quase unanime a lua cheia.

Tem pescador que somente pesca nesta lua, se não for nela não adianta nem ir. Ainda tem alguns com a receita de três dias antes, três depois e assim por diante.

O fato é que não existe nenhuma comprovação científica para o fenômeno  Sabe-se na verdade que pouco influencia, mas isto somente poderá lhe responder um pescador que pesca todo dia. Minha primeira pergunta é, se a lua cheia é a melhor lua e as demais não adianta nem tentar, como é que sobrevive o pescador profissional que vive da pesca? Se fosse verdade ele estaria perdido.


Começo meu estudo a procurar o intendimento deste mito, de onde vem? Por que todos afirmam sem nenhuma comprovação?

Acredito que o mito da melhor lua ser a lua cheia remonta da época em que não se tinha formas de iluminação eficiente, onde o pescador tinha que pegar sua canoa e se guiar apenas com lamparinas ou tochas.
Nesta época primitiva da pesca, em época de lua fraca não poderia pescar a noite. Quando chegava a lua cheia era possível pescar também durante a noite, pois a iluminação da lua ajudava no trabalho.
Desta forma foi passando de pai para filho a tradição que na lua cheia se pegava mais peixe, com o passar do tempo e com a criação de formas de iluminação mais eficiente, pescar na noite não é tarefa mais tão difícil, porem ficou impregnado na cultura que na lua cheia é melhor.
Como se os peixes fossem lobisomens que ficam mais ativos na lua cheia, várias suposições são criadas, várias histórias são contadas.


Lua Cheia no horizonte

Um fato que se pode dizer é que realmente a lua cheia tem influencia sobre as mares. Desta forma podemos supor que com a maré mais alta no caso da pesca de praia, atrai algumas espécies de peixes oportunista que  possuem o objetivo de explorar a orla da praia que com outra maré não é possível.
É o caso das Betaras, dos Bagres, Baiacus e outros peixes de fundo de areia.

Porem os demais não possuem nenhuma relação aparente.
Já na pesca de rio, não existe nenhuma influencia no nível dos rios e por sua vez nenhuma relação de melhora.

Minha opinião pessoal é que no caso da pesca de rio, a lua cheia até pode atrapalhar. Isto por que os peixes que costumam caçar na boca da noite a procura de insetos acabam por prolongar sua caça devido a iluminação da lua. Desta forma, ficam saciados e sem fome durante o dia, tornando a atração por isca natural ou por caça com isca artificial algo  não tão atrativo comparado quando o peixe está realmente com fome.

Pela estatística que fiz durante dois anos, pescando quase que todos os finais de semana é que na lua minguante, tanto em rio quanto em praia é a melhor lua. Acredito que devido ao fato acima narrado, ou seja, o inverso da lua Cheia, por não ter luz os peixes da boca da noite e amanhecer não podem prolongar sua caça ficando com fome e propensos a aceitar tudo que lhe é oferecido.

Mas claro este é um assunto que daria muito tempo de debate, como falei, é apenas especulação de uma superstição sem fundamento científico. Utilizei apenas alguns fatos históricos e estatístico para embasar meu ponto de vista, o que importa mesmo é poder pescar.
Para um pescador somente o que influencia é a disponibilidade de tempo, se dá tempo, vamos para a barranca do rio ou lago, vamos para as praias e costões ou pegamos nossa embarcação e rumamos para este esporte maravilhoso, tranquilo e gratificando da pesca esportiva.


Lua Cheia sobre a praia