sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Pescaria rápida de final de Sexta.

Nesta sexta, ainda deu tempo para no final do dia tentar fisgar alguns amigos.

As 18:30 horas já estava com o pé na areia com minha Marine Versus TS4 armada esperando muito peixe. O mar estava bem mexido dado as fortes chuvas do dia, no interior em alto mar foram fortes tempestades em quase todo o litoral sul, o que deixou a água bem mexida e as ondas com certa força.
Para mim é um ótimo dia para pegar alguns Paratis Barbados, estava sem sol, tudo nublado, mar mexido, ideal para este peixe. Levei a isca preferida desta espécie, minhoca da areia.

Logo de inicio peguei um roncador que parecia um lambari na minha vara, gosto de pescar com a Versus dado ao efeito do peixe, é uma vara de carbono de ação lenta o que valoriza a força do peixe e a brincadeira.


Depois de mais alguns puxões, senti um peso sutil no anzol, como se estivessem mastigando a isca, geralmente isto é sinal de caranguejos, hora de mudar o local, dei um puxão para garantir e senti que a resposta foi uma tremedeira, tinha fisgado um peixe.

Recolhi e tirei da água um Baiacu Arara, tamanho pequeno, tive sorte, pois o fisguei muito bem sem chance dele pegar a linha. Se este peixe ficar perto da linha, não temos nem chance, é um verdadeiro alicate, os grandes são difíceis de tirar até com empate de aço. Mas uma característica sempre é este estilo de primeiro beliscar a isca para depois engolir. Se você conseguir fisga-lo antes que dele engolir a isca, até pode ter alguma chance.

Então um senhor que catava latas e garrafas pet´s, veio conversar comigo, disse ele que gosta de pescar com linha de mão na flor da água e é ali que os Paratis gosta de ficar. Me lembrei deste detalhe, realmente ele tinha razão, os Paratis quando aparecem na praia gosta de ficar já no primeiro tombo, não ficam muito ao fundo e gostam de praias largas com muita extensão de areia.

Corrigi meu arremesso e deixei a chumbada posicionada atrás do primeiro tombo, no primeiro canal, depois de algum tempo a resposta foi dada. A cena que mais gosto de ver, minha vara se envergou toda, depois a linha foi de um lado para outro respondendo e confirmando que era um peixe de presença.

Fisguei para confirmar, já que pelo movimento não tinha dúvida que estava fisgado e fui recolhendo a linha. O bicho veio pela onda brigando e aproveitando para dar uma surfada, não tinha dúvida, ou era um Parati ou um Pampo.

Pampo é sempre Pampo
Logo pude ter a certeza em ver o Pampo Amarelo pular pela onda, um pobre roncador veio de carona praticamente arrastado pela briga do colega.  O bicho não era tão grande mas com a Versus a briga foi potencializada e a adrenalina foi para o alto.

Depois dos festejos, ambos voltaram para o mar após ter certeza que estavam recuperados.

Pampo é sempre um Pampo.


De brinde um roncador

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Desmatamento Zero Já.

Hoje a sociedade civil alcançou uma marca muito importante: 1 milhão de assinaturas pedindo o fim do desmatamento no Brasil. Esse marco é um sinal de que o povo quer mudanças, inclusive no que diz respeito às questões ambientais. 
Há cerca de 2 anos, dentro do navio Rainbow Warrior, no coração da floresta Amazônica, a campanha era lançada. Estavam presentes políticos, organizações não
governamentais, representantes da sociedade civil e lideranças que lutam contra o desmatamento das nossas florestas.
A partir de então o movimento pela aprovação de uma lei de iniciativa popular pelo fim do desmatamento vem crescendo significativamente.
Se fosse um país, a Amazônia Legal seria o 6º maior do mundo em extensão territorial – para se ter uma ideia, seus rios representam cerca de 20% da água doce do planeta. Porém, infelizmente essa importante floresta sofre diversos tipos de pressão. Perdemos nos últimos 50 anos uma área de mais de 720.000 km² de floresta, o que equivale aos estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul juntos.
Apesar da queda recente do desmatamento na Amazônia legal, ainda se derruba cerca de 500 mil hectares de floresta por ano. Esses números são inaceitáveis, mesmo porque já existem muitas terras abertas que podem e devem ser melhor aproveitadas. Além disso, não se pode esquecer que as florestas prestam diversos serviços ambientais que contribuem para o equilíbrio natural do planeta, ou seja, ao desmatar também colocamos nosso futuro em risco.
Ou seja, o caminho a trilhar para zerar essa conta e acabar com os problemas na floresta ainda não acabou.
Por isso, é importante que todos continuem ajudando a somar mais assinaturas pelo projeto de lei de iniciativa popular para que a proposta ganhe cada vez mais força. 
Quem ainda não se mobilizou pode começar agora, divulgando a campanha nas redes sociaise fazendo a coleta de assinaturas off-line. Quanto mais gente no movimento pelo Desmatamento Zero mais rápido o transformaremos em realidade.
Pescador se você ainda não notou, sem mata não temos rios, lagos, os mares estarão prejudicados. Por que você ainda não aderiu esta atitude de cidadania de um verdadeiro pescador?

domingo, 25 de janeiro de 2015

Fly-Caipira com lambaris manhosos

Neste domingo, mais uma vez fiz uma visita no rio de meus amigos lambaris no município de Indaial.
Acordei logo cedo as 06:00 horas e as 06:20 já estava dentro do rio fazendo meus arremessos utilizando a técnica de Fly-Caipira.

A água estava muito limpa e fria, o tempo estava agradável sem a chuva do dia seguinte.
Novamente constatei que as visitas do dia anterior foram grandes, dado a quantidade de lixo encontrado nas margens, lamentável, dá vergonha de ser humano ao ver tal barbaridade.
Não consigo compreender como uma pessoa procura a natureza, um lugar puro, natural e consegue deixar sua marca, seu lixo tóxico e destruidor.


Dado ao movimento do dia anterior acredito que os peixes estavam ainda assustados.
Identifiquei muito poucos peixes na água, somente lambaris pequenos, atei uma mosquinha seca no chicote e iniciei meus arremessos.
Como tinha trocado a linha no dia anterior, fiquei admirado com a capacidade de arremesso, não sei ao certo a medida mas era fácil chegar a 30 a 40 metros.

Vale lembrar que para micro molinetes, não encher o carretel completamente, também não poderá estar muito vazio, o ideal é estar um pouco acima da metade. Isto por que, caso esteja muito cheio pode criar cabeleiras dado ao tamanho do carretel, caso esteja muito vazio, limitará o arremesso criando atrito ao sair.

Minha pescaria não foi muito produtiva, alguns beliscões, acho que de lambaris menores que não conseguiam serem fisgados. O único garoto que veio bater uma foto, se soltou quando peguei a linha para retira-lo da água. Este é o dia a dia de um pescador, as vezes não é tão boa quanto em dias anteriores.



Mas o lugar é lindo, sempre peço a Deus para abençoar estas criaturas de deixa-las ali em seu lugar, sei que sou egoísta  ao pensar em retornar, mas o que vale hoje é a exuberante natureza.
Pena que ainda existam seres humanos, não bichos, seres humanos destruidores de natureza que não percebam isto.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Livro de Dicas de Pescaria para Iniciantes

Escrever um livro sobre pescaria é um desafio para qualquer um, é quase como a primeira aventura de pescaria para um iniciante. Pois bem, reuni todo o material de dicas que fiz no blog em um e-book, livro eletrônico a fim de atingir os pescadores iniciantes.


Iniciei na atividade de pesca muito pequeno, com pescarias tradicionais com vara de bambu em barrancos de rios com meu pai. Ficava encantado como ele tinha sorte, parecia que o peixe se desviava de meu anzol e parava direto no anzol dele. Depois de um tempo descobri que era tudo uma questão de técnica, o homem é bom mesmo.

Pesquei durante um tempo por diversão até que um belo dia devido ao alto grau de stress a saúde pediu ajuda, meu médico orientou para que eu gasta-se um tempo comigo, dedicar um tempo só meu, para fazer algo que realmente gostava de fazer.

Escolhi a pesca, decidi que daquele dia em diante o tempo que fosse gastar comigo, só comigo, seria pescando. De lá para cá muita coisa aconteceu e assumi a postura de um pescador no dia a dia, mesmo que desempenhando outra profissão.

Criei até um Blog para documentar minhas aventuras na captura desses seres magníficos que vivem nos lagos, rios e mares. Um diário de minhas pescarias por este mundão a fora. Me tornei um pescador oportunista, isto é, se dá para pescar eu estou lá. Sou daqueles que anda com uma tralha de pesca sempre no carro.

Comprei uma vara de 1,30cm com um micro-molinete, juntei uma caixinha com iscas artificiais para pegar os peixes mais comuns, ou com maior probabilidade de pesca, tilápias, traíras, lambaris e saicangas, que deixo no porta malas de meu carro. Esta estratégia me rendeu algumas pescarias inesquecíveis.

Para mim não importa o tamanho, mas sim sentir a adrenalina que é derramada no momento de fisgar um peixe. O que importa é estar junto a natureza em locais que se escuta apenas o barulho da água, grilos e pássaros.
Pratico pesca esportiva, sou um desportista, por isto, levo o peixe para casa na "marra". Isto é, somente quando me obrigam (no caso de pesque e pagues).
Nos últimos anos, devido ao dia a dia em família e oportunidades me dediquei a pesca de praia, o que chamei de upgrade, pois depois que iniciei este tipo de pescaria descobri que técnica é uma questão de prática e sorte na pescaria é uma questão de mito.

Neste livro coletei a maioria das dicas documentadas em meu blog e repasso para os iniciantes a este estilo de vida.

Obrigado a todos que me acompanham, convido a todos a prestigiar. 


quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Matando a Saudade dos Lambaris com Fly-Caipira

Hoje após um dia exaustivo de trabalho, cheguei as 18:00h em casa, mais sedo do que de costume. Como estamos no verão até as 20:30 ainda é dia, a chuva de verão do final da tarde também cooperou o que tornava a ocasião ideal para matar a saudade de meus amigos lambaris.

Já faz mais de um ano desde a ultima pescaria de lambaris utilizando a técnica de Fly-Caipira, realmente neste caso a expressão "o tempo passa voando" é verdadeira. Estava a muito tempo com vontade de dar uma brincada com os lambaris e relembra as brigas bonitas com este valente peixinho.

Peguei meu micro-molinete e caixa de iscas de moscas secas e me mandei para um rio de interior próximo de casa, não devo ter levado 10 minutos e estava entrando no rio.

O local ainda é um dos poucos da região que mantém condições para estes peixinhos, mas devido ao calor no final de semana é invadido por banhistas que gostam de natureza mas preservar nada. Canso de recolher garrafas, latas de cerveja, papel de salgadinho da berrada do rio, hoje não foi diferente.

O rio mantinha sua mesma característica, águas caudalosas com corredeiras, o som de pássaros e cigarras ao longe, muitos insetos sobrevoando e caindo na água. Arrumei minha tralha e atei uma mosquinha com cabeça vermelha atada em anzol muito pequeno e fiz o primeiro arremesso.




Vale lembrar que antes de iniciar e escolher a isca a utilizar deve-se observar o ambiente e os insetos que estão no local, observei um tipo de mosca muito semelhante a isca que utilizei andando sobre a água.

Não fiz mais de 3 arremessos para fisgar o primeiro brigador. Realmente tinha esquecido como este peixe é valente e brigador, com material leve que estava a briga se potencializa, coisa linda de se ver. Bati a foto e com cuidado deixei o pequeno amigo se recuperar, saio nadando a toda velocidade para longe.

Mais alguns arremessos e fisguei um lambari maior que o primeiro, este até deu uma de dourado e pulou para fora da água, brigou até os últimos momentos ressuscitando aquela alegria provocada pelo momento como meu comentário "bicho bravo, etá bicho valente".

A sorte que este peixe não tem mais que alguns centímetros, se fosse peixe de quilo, ninguém tirava da água.

Minha média de capturas foi quase 1 para cada 5 arremessos, o que propiciou a captura de 8 lambaris. Então decidi brincar com outras iscas artificiais, troquei a mosquinha pelo spinner lambari da Deconto, que funcionou muito bem, vi ser perseguido por diversas vezes por lambaris mas não consegui nenhuma fisgada.
Por ultimo testei a isca serelepe também da Deconto.  Esta tem um movimento próprio e vibrante, arremessei e recolhi na correnteza mais forte a fim de explorar mais no fundo do rio. Mas não obtive o sucesso esperado.

Vale lembrar que no Fly-Caipira temos a limitação de arremessar sempre a favor do rio, recolhendo contra a correnteza. O que chamará muito mais a atenção do lambari, afinal o que se movimenta contrário a correnteza só pode estar vivo.




Espero do fundo do coração que um lugar como este se mantenha preservado, com essas criaturas mágicas em seu ambiente e que os moradores locais não limitam o acesso ao rio. Só vai depender dos banhistas que geralmente no final de semana do verão poluem o rio com lixo e som auto. Sabe não sei o que certas pessoas pensam, ir para um local desses para ter contato com a natureza e colocar som auto, que sentido tem isto? Vou tomar banho em um rio por que ele é limpo (quase uma raridade) e deixo lixo nele? Olha isto é como um filho sair falando mal da própria mãe.

Acho que de peixes posso até chegar um dia a entender, mas os seres humanos, não vou entender nunca.


domingo, 18 de janeiro de 2015

Pescaria com Amigo de Santa Rosa

No Domigo pela manhã estava eu e meu Amigo Leomar para tentar pegar mais alguns peixinhos. O Leomar é de Santa Rosa e está acostumado a pescaria de rio, surubins, traíras e lambaris.

Não sabia se teríamos muita ação, pois no dia anterior no final da tarde fomos surpreendido por uma tempestade muito forte, com ventos intensos, relâmpagos, chuva e gelo. Sabia que o mar não estaria para muito peixe logo pela manhã. 


Geralmente chuvas intensas com gelo alteram o movimento dos peixes.
Mas como Leomar sempre disse "É melhor um dia ruim de pesca do que um ótimo dia de trabalho".

Dei minha vara menor para pesca de curta distância para o Leomar, pois ele adora pescar na espuma e pegar peixes menores. Eu fiquei com minhas varas grandes, utilizando como isca em uma das varas Tatuíras e na outra camarão 7 barbas fresco.

Após poucos minutos de pesca, tirei meu primeiro bagrinho com tatuíra.
Saíram mais dois bagrinhos até a vara com camarões dar sinal de peixe. Um Orioco, já peguei este peixe algumas vezes nesta praia.

Tirei a foto, tentei recupera-lo mas ele não suportou, como sabia que iria acabar morrendo, uma outra pescadora que estava próximo pescando com seus filhos ficou com ele.


O mar não estava para peixe, Leomar não pegou nenhum peixe e os que peguei não eram muito bons. Paramos por ali, já era 9:30h e pensamos que o pessoal queria se arrumar para vim também para praia.


sábado, 17 de janeiro de 2015

Pescaria com Minhoca da Praia

Neste sábado acordei bem cedo para testar por mais uma vez a eficiência das minhocas da areia. O mar estava quase sem ondas com água muito quente, água clara e um sol no horizonte que dava inveja a qualquer cartão postal.

Quase não tinha nenhuma pessoa na praia, o marzão me esperando para tirar peixes da água. 


A algum tempo tive a infelicidade de minha vara Versus quebrar a ponteira. É uma ótima vara, muito leve de ação lenta, mas que lhe fornece muita emoção e competitividade nas pescarias. No final de semana anterior tive a felicidade de encontrar a ponteira em uma loja da região. Consegui concertar minha vara com facilidade e estava doido para testa-la em ação novamente.

A estréia foi muito boa, coloquei minhas minhocas da areia com anzóis menores, utilizei chumbo 50g pois não tínhamos poucas ondas. Tudo preparado para possuir muita ação.

Logo de inicio retirei o primeiro peixe, com uma briga muito boa com minha vara de pesca a curta distância, um Carapicú, até que deu uma briga até tira-lo, gosto deste peixe, se for grande é muito boa a briga. Este era meio pequeno, mas valeu a retirada. É interessante como esta espécie aprecia as minhocas da areia, praticamente é infalível, depois de iscado logo o primeiro aparece.

Tirei a foto, deixei o garoto se recuperar e soltei ele na onda. Estava ansioso para ver se pegava algum peixe com a Versus, recém recuperada.
Mas a pescaria estava boa a curta distância, retirei um bagre de tamanho maior do que os pequenos do dia a dia e na sequencia um belo pampo amarelo, boa briga, pois o danado veio surfando na onda o que rendeu uma ótima briga.

Mais alguns bagrinhos e finalmente a Versus decidiu fazer seu trabalho, senti peixe na linha através da vibração natural de sua ponta, fisguei e fui recolhendo devagar, senti novamente beliscar e dei nova fisgada, a vara ficou mais pesada.
Já na onda pude notar que os dois anzóis do chicote estavam com peixe, um bagre e um escrivão. Boa inauguração para a nova ponteira, o interessante desta vara é a sensação que dá a briga do peixe, por ser muito leve de ação lenta, qualquer movimento rende boa briga.

Hora de recolher a tralha e voltar para casa para pegar o café da manhã, ou segundo café, já eram 9:00h e o sol estava ficando forte para quem estava só no couro.


Duble para estrear a nova ponteira

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Dicas de um Pescador - Pescaria de Praia - Toque de Ponta de Vara - 7o Parte

Durante esta temporada de pesca, fui abordado por várias vezes por pescadores iniciantes ou sem experiência em pesca de praia, a pergunto e dúvida geralmente era sempre a mesma.

Como é que sei se tem peixe ou não?
Os mais elaborados:
Como faço  para diferenciar, vento, onda de um peixe?

Minha resposta inicial sempre é muito otimista: "Olha, quando um peixe for fisgado o movimento é inconfundível". E realmente é, peno menos quando o peixe tem certo tamanho.

Desta forma resolvi escrever este artigo para facilitar as coisas para este pessoal curioso e -camarada que encontro no dia a dia de pescaria. Neste material que se segue tentarei ser o mais técnico possível explicando com fatos e experiências os movimentos.

Vamos tomar como base a ponta da vara, descrevendo o movimento da ponta da vara, espaço de deslocamento, frequência e tempo do movimento. Assim podemos representar o movimento de forma gráfica, em um eixo teremos o espaço (Centímetros) e em outro o tempo (segundos).


Movimento de Onda.

O movimento de onda é bem observável sendo longo e lento, diminuindo o balançar da ponta da vara ao passar do tempo.  Para se perceber o movimento observe se ele ocorre sempre que a linha é tocada pela onda.
Geralmente este movimento passa a ser um problema e está basicamente relacionado a espessura da linha. Na pesca de praia se utiliza linhas finas de 0,18 a 0,23 mm, quando é utilizado uma linha com espessura maior está sujeita a sofrer ações do atrito da água sobre ela.

Outro fato é estar com a linha posicionada lateralmente a onda, nesta posição o espaço que sofrerá o atrito é maior mesmo com linhas finas.



Movimento de vento.

O movimento de vento na linha é característico pelo balançar curto e rápido da ponta da vara, sendo constante. Sempre observar o vento em relação a posição da linha e do equipamento, se o vento for lateral a linha vai gerar o mesmo que ocorre com ondas laterais a linha causando maior atrito da linha com o vento fazendo o movimento.
Novamente a situação pode ser minimizada com a espessura da linha e posição da linha em relação ao vento.



Movimento de Beliscadas do Peixe

Este movimento é muito sutil e pode ser observado com maior facilidade com a vara em punho. É semelhante ao movimento do vento, com a diferença que não é constante.
É um movimento curto e rápido de ponta de vara com intervalos de continuidade.  Para ter certeza do que está ocorrendo observe se não está ventando, caso contrário valerá somente a experiência para diferencia-lo com maior propriedade.

Este movimento geralmente é feito por beliscões de peixes pequenos ou peixes de fundo com bocas em formato de sugadores.
Neste caso espere o próximo movimento e fisgue o peixe.



Movimento de Peixe Fisgado.

Este movimento é inconfundível, é o que chamo de telegrama do peixe, consiste em um movimento forte, rápido em uma cadência de três a quatro movimentos com intervalos.
Ou seja a ponta da vara faz três batidas fortes de ponta de vara com intervalos. Isto é explicado pelo peixe abocanhando a isca e nadando de um lado para o outro provocado pela preção contrária ao movimento de seu nado causado pela linha.

Neste caso basta apenas confirmar com uma fisgada, por que a essas alturas o peixe já está fisgado. O movimento contrário exercido pela vara ao retornar a sua posição inicial fisga o peixe.
Desta forma, varas com pontas mais duras serão mais rápidas na fisgada, varas com pontas mais moles serão mais lentas da fisgada.



Movimento de enrosco

Este movimento particularmente é o que mais odeio, claro que qualquer pescador odiaria, pois confirma que estará perdendo isca e oportunidade.
Consiste em um único puxão lento e contínuo na linha, causando peso, puxando a vara. Observar que ocorre com a onda. Claro que em alguns casos pode ser a fisgada inicial de um grande peixe, só que neste caso iniciará a retirada de linha de seu molinete ou carretilha.

O enrosco é lento e morto, é como se alguém fosse na ponta da linha e desse um puxão lento e para-se.

Quando ocorre com muito frequência o melhor mesmo é mudar de lugar ou recolher a tralha de cancelar a pescaria. Pescarias nestas condições de relaxamento passam a ser tormentas para perder material, linha e tempo.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Robalo na Minhoca da Areia.

O mar nos últimos dias realmente estava com cara de peixe. Água bem limpa, pouco vento, ondas formando vários canais na areia.

Com o resultado da ultima pescaria, me preparei melhor e providenciei uma boa isca. Fui até uma loja especializada em material de pesca no município de Penha-SC e procurei as tradicionais minhocas da areia. A Loja possui alguns fornecedores locais que vendem a isca em pacotinhos mantendo-as congeladas e frescas. Esta isca nestas condições não perde suas propriedades e possui grande rendimento, um pacotinho rende várias pescarias.

Outro grande benefício é o fato de não ser necessário amarrações com elástico, o que considero que gera gostos e afugentada peixes mais seletos, é só iscar feito uma minhoca em pesca de rio e pronto.

Assim foi, as 16:30 horas estava na praia tentando achar uma área para pescar entre os banhistas. Embora não possuir muitos banhistas só dava para pescar a curta distância com água até o joelho, assim evitava qualquer possível acidente. Os locais de meus arremessos era seguro o banhista mais perto estava a mais de 300 metros na linha, como o mar estava com grandes ondas os "Salva Vidas" não deixavam entrarem para o fundo o que facilitou mais ainda.


Iniciei a pescaria percebendo vários beliscões, não demorou 15 minutos de pescaria para dar a primeira fisgada. A maré estava crescente e bem alta para o local, confesso que nesta praia nunca pesquei com ela tão alta.

Senti o peso do bicho, no inicio achei que era algum enrosco, o mar estava mexido e de vez em quando isto ocorria, mas do outro lado da linha tive como resposta um puxão que foi levando linha contra as ondas, ou seja, só poderia ser um peixe. Puxei com mais cuidado sentindo o bicho brigar levando a linha de um lado para outro.

Falei comigo "finalmente um pampinho que respeito", fui puxando o bicho com certa resistência, notei que não era tão grande mas era brigador. Em um clarão das espumas pude ver o bicho nadando com seu bicão característico, um robalo de mais ou menos 1 kilo.

Coisa linda de se ver,  este bicho vale a pena mesmo. Já fazia um bom tempo que não pegava um desses, se bem que também nem procurei por ele em seus locais preferidos.

As minhocas são mesmo um espetáculo de isca. Tirei as fotos e deixei que ele se recupera-se para soltar, o pessoal da praia ficou indignado comigo, mas como falei "o peixe fui eu que capturou,  posso escolher se quero levar agora ou depois que ele tiver mais uns  10 quilos".


A pescaria não acabou por ai, foram várias fisgadas, entre Bagres e Roncadores. Pena que não apareceu mais nenhum Robalo para tirar foto. Logo minhas meninas apareceram e procurei dar atenção a elas encerrando por ali.


Para finalizar o ótimo final de semana, acabamos com algumas postas de "meca" assado na brasa. Que coisa maravilhosa, peixe muito nobre, as postas foram temperadas na brasa, sendo feito banhos de limão e sal de tempo em tempo, ficou de dar inveja a qualquer "mestre cuca".


terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Iniciando o ano de 2015.

Estava louco para voltar a pescar e iniciar 2015 com o pé direito.
No dia 05, peguei meu material para curta distância e tentei repetir a ultima pescaria de 2014, pescando somente com o que encontrava na praia. Foi uma decepção, o mar estava meio batido com muito material orgânico na água. Alem de estar muito tarde na praia, pois estava aguardando um primo que queria pescar comigo, aguardei até as 8:00 e então recebi o aviso que ele não viria. Alem de não pegar nada, me roubaram um carretel de elástico para amarrar isca (fundamental com o mar naquelas condições).

Só o que me valeu foi conhecer o Sr. Olinto, ele é um mito na redondezas por tirar um Robalo de 10 kilos naquela praia a alguns anos atrás. Do contrario que eu, ele chegou cedo e pegou uns bons Pampos vermelhos e até algumas Cavalinhas.

No dia 06 então levantei cedo e  as 06:30 já estava na praia. O mar não estava como no dia anterior estava muito mais mexido, muitos galhos e algas verdes na água. Pescar seria teimosia, mas como não podia perder a viagem fique para ver.

Depois de alguns minutos tirei meu primeiro bagre, pensei, nossa meu ultimo peixe no ano passado e o primeiro deste ano, mas o que esperar de uma maré destas.



Estava com duas varas na areai, uma maior para arremessos longos e outra para curta distância. Foi bem desanimador ficar rebocando entulho da água, logo ao meu redor parecia o resultado de uma draga.
Mas persisti, logo as 8:00 horas Sr. Olinto chegou, logo veio conversar comigo, disse ele que acordou cedo mas olhou o vento e o tempo e desistiu,  depois do café decidiu dar uma tentada.


Logo depois da conversa senti peixe na linha, fisguei e consegui trazer esta linda Betara para não deixar meu inicio de ano feio. Já era 09:00 horas e o Sr. Olinto disse que iria desistir, aceitei o conselho dele e voltei para casa já feliz com meu resultado. Realmente o mar não estava muito bom para pescar, o negócio era aguardar os próximos dias e tentar novamente.