sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Caça as Trutas - Trutas em Guabiruba SC- "Lá nas Trutas"

Pescar é algo maravilhoso e pode alongar sua vida. É o que dizem médicos e aficionados por este Hobby maravilhoso, enquadrando uma legião de apaixonados por pesca. Porem você pode sentir um pouco dos privilégios deste Hobby salutar sem ser um "louco por pesca". É o caso dos inúmeros pesque e pagues de trutas que possuímos na região.

Pesque e Pague - La nas Trutas
Estes truticultores espalhados pelas cidades do Vale do Itajaí em Santa Catarina, dispõem de locais de recantos naturais, bom atendimento, restaurante e a certeza de sentir um pouquinho da natureza bem perto de você. Esta ligação da truticultura com a certeza de locais e refúgios naturais está ligado a exigência que este peixe exótico possui para viver, trutas vivem somente em locais extremamente limpos. Trazendo a certeza que peixe mais limpo e saudável para o consumo não existe.


Em minhas aventuras descobrindo estes locais, até por gostar muito de consumir trutas e pesca-las (bicho bravo como este, pouco se encontra na natureza), levo a família para se deliciar com a natureza, beleza e simplicidade destes pequenos paraísos escondidos  por estradas de chão batido que nos proporcionam de brinde extra de belas paisagens.

Encontrei mais um desses locais, o Restaurante - Pesque e Pague e Truticultura "La nas Trutas" no interior da cidade de Guabiruba -SC (ao lado de Brusque). Acesso muito fácil, estrada de chão batido,  muito boa, permitindo o acesso por qualquer tipo de carro (não só jipes), com paisagens magníficas e uma hospitalidade tipicamente encontra nos criadores de trutas, "parecem mesmo viver em outro mundo, um mundo simples e natural".

Cheguei no local por volta das 11:30 horas, o estabelecimento somente abre aos sábados e domingos (meio dia), mas Sr. Beto (Proprietário) me recebeu e me apresentou o lugar como se fossemos velhos amigos, me mostrando tudo com muito carinho e orgulho. Realmente me senti em casa, visitando tudo, a criação e engorda das trutas, os tanques de pesca o restaurante e batendo um papo tranquilo e gostoso sobre como curtir a vida.

"La nas Trutas" possui  infraestrutura para receber clientes e amigos muito aconchegante, o restaurante no estilo rústico proporciona refeições a base de trutas enquanto se escuta o barulho das águas com visão para um lindo bosque de hortênsias ao lado de um tanque de trutas.
É possível pescar as trutas e sentir a batida desta fera das águas geladas  e leva-la para casa limpinha e pronta para o consumo. Se preferir, aos sábados é possível pescar as trutas e degusta-las ali mesmo, é só pedir o preparo no restaurante.


Para os apaixonados por este peixe, existe local para pesca com Fly ou com micro molinete, também é possível pescar com varas de bambu disponibilizadas pelo local.
Vale a pena se aventurar pelas colinas de Guaramirim e degustar uma truta fresquinha. O local é muito visitado por clube de ciclistas e jipeiros da região. A temperatura média que encontrei no retorno para casa dentro das cidades era na ocasião de 38oC, quando estava no restaurante a temperatura no meu carro marcava 28oC.



COMO CHEGAR.

Por Brusque-SC o acesso é bem simples, do centro ir para a cidade de Guabiruba, procurar acesso a Guabiruba Sul (estrada principal com este nome) em direção a localidade (Bairro) de Lajeado Baixo.  Estrada com alguns pontos calçados e outros com asfalto.



Chegando neste vilarejo , após a escola "Municipal Osvaldo Ludovico Fuckner", pegar a rua "Lajeado Alto",( isto mesmo, da rua principal Lajeado Baixo, pegar a rua Lajeado Alto). Deste ponto é só seguir a via principal de estrada de chão, passando por uma Igrejinha e subindo uma pequena serra em direção ao Morro de Santo Antônio. O Restaurante fica no final da R. Lajeado Alto. Uma dica: Quando entrar na estrada de chão, siga sempre pela estrada principal e quando encontrar encruzilhadas, pegue a estrada que demonstra maior fluxo de carros.




terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Canal Diário de um Pescador - Pescaria de Lambaris com Fly-Caipira - Temporada 2016 Ep.1

Confirma a pescaria de Lambaris utilizando a Técnica de Fly-Caipira.

Dia nublado, quente 39oC, cara de tempestade no final de tarde, mas muitos lambaris no Fly-Caipira.


https://youtu.be/rQDW1uW5iBU
Pescaria de 18/02/2016 - Rio Encano - Indaial - SC

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Dicas de um Pescador - Pescaria de Praia - Regulagem correta do freio do molinete

A alguns dias atrás fui surpreendido por um rapaz que perdeu a chumbada em um arremesso na praia. Na ocasião emprestei a ele uma chumbada e dei a missão para que ele me devolve-se. O rapaz pescou e fez isto, me devolveu, mas fiquei pensando no motivo que ele passou por esta situação. Perder a chumbada não me fazia diferença, caso ele não me devolvesse, só queria que ele refletisse no motivo que levou a ele perder a chumbada.

Quero falar hoje sobre a correta manutenção e regulagem do molinete na pesca de praia. Este processo é fundamental na pesca de praia e muitas vezes não é nem conhecido pela maioria dos pescadores veranistas.

Aqui vai minha Dica sobre a correta regulagem do freio do molinete. 

O molinete na pesca de praia possui a primordial função de permitir ao pescador uma briga com o peixe justa e emocionante, alem de possuir a capacidade de armazenar muita linha deve permitir que os arremessos sejam o mais longos possíveis, deixando que a linha seja liberada livremente.

Mas sua função não para por ai, em uma briga o peixe pode fazer investidas repentinas forçando a linha a um trabalho ao qual ela não foi projetada, gerando ao invés de uma  captura uma nova história de perdida de peixe. A regulagem do molinete neste momento vem compensar a pequena expusera da linha que deve ser fina entre 18mm a 20mm. Para tal, quando a linha for forçada o freio do molinete deve soltar linha automaticamente compensando a força do peixe.

Outro motivo da correta regulagem do freio do molinete também serve de segurança caso em um arremesso o molinete baixe a trava, ou quando o pescador esquece a trava abaixada.

Para regular o freio do molinete aperte o freio aos poucos, a linha não deve ficar totalmente presa, teste puxando a linha, ela deve sair com certa força. A linha deve sair nem facilmente, nem tão pouco com muita força a ponto de quase arrebentar a linha. 

Esta regulagem é uma segurança, para não arrebentar a linha em puxões muito forte, nestes casos o molinete deve ceder liberando linha. Eu pessoalmente gosto de deixar um pouco frouxa, assim poço assistir as levadas de linha e o roncar do molinete liberando linha com peixes mais brigões.
Deixo o chicote com a chumbada levantadas e balanço a vara, o peso do chumbo deve liberar um pouco de linha mas não deve correr até o chão. O ideal é que libere em torno de 30cm de linhas em cada batida.

Vai aqui minha dica para os pescadores iniciantes. Ela vai evitar que você perca chumbadas ao arremessar por deixar o molinete travado.

Outra pequena dica: Leve material sobressalente, chumbada, arranque, chicote, anzol... Não precisa ser muito mas que pelo menos poça dar continuidade a pescaria.




quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Fly-Caipira nos Lambaris - Aproveitando o final do horário de verão

Para finalizar bem o termino do horário de verão, hoje consegui chegar em casa por volta das 18:00h e como a chuva de final de dia parecia não aparecer, me mandei para um rio rochoso em uma cidade próxima. Estava louco para matar saudade dos lambaris sendo pescados com a técnica de Fly-Caipira, já fazia tempo que não conseguia ir até lá, ou por motivo de mal tempo ou por motivo de oportunidade mesmo.


A água do rio estava meio turva, mas comparado com outros rios ainda era clara, se é que dá para entender. Deixei meu carro em um clube próximo e fui ao meu local preferido, um pesqueiro que permite acesso ao meio do rio e espaço para os arremessos.

Coloquei minha mosquinha de fly especial para lambaris, uma boia de arremesso da Deconto número 1, arrumei o molinete e mandei brasa já no primeiro arremesso os lambaris responderam com vários ataques. Porem tinha que ajustar o tempo de recolhimento estava meio exagerado, este fato é muito importante no Fly-Caipira, não é só arremessar e ir recolhendo, existe toda uma técnica de perceber como o peixe está respondendo.

Se estão mais ao fundo, se estão manhosos (com pouca fome não fazendo ataques fortes), que tipo de inseto estão preferindo banquetear.

Mais um arremesso e mais ataques, era questão de tempo em capturar o primeiro. Arremessei em um local onde vi ataques na superfície e diminui o recolhimento tristicamente. A resposta foi a primeira captura, "eta garoto brigão", fui recolhendo aos poucos e assistindo o pequeno peixe levar a linha de um lado para outro. Sei que já falei isto em outra ocasião, mas se o lambari tivesse o triplo do tamanho que tem, ninguém tiraria este peixe da água. 

Tirei a foto, deixei que meu amigo se recuperasse e soltei ele no rio, saiu nadando tranquilamente. Era um lambari sadio e grande, sinal que os pescadores este ano deram uma trégua para eles.
Mais um arremesso e mais um garoto brigão, dessa vez era ainda maior, que maravilha, muita ação é assim mesmo que eu gosto.
Tirei mais este com muito cuidado, foto, recuperação e voltou para o rio. Vale disser que deve-se tomar cuidado para tirar o anzol e não apertar muito o peixinho, embora brigão é muito frágil.


Bateu um vento e nas berradas das montanhas foi se formando nuvens de chuva. Arremessei mais algumas vezes e nada de peixe, depois que a rajada de vendo parou, mais um garoto foi capturado.
E assim fui arremessando de capturando, três lambaris na sequencia, muito legal, não perdi a prática.


Hoje o recolhimento tinha que ser lento, deixando a boia de arremesso correr um pouco e dando novas cutucadas de ponta de vara. Assim era fatal, era só aguardar algum Lambari brigador pegar a isca.
Então no final da tarde para acabar com minha festa, mais ao longe chegou alguns garotos pulando em um poço na água e fazendo muito barrulho.

Minha pescaria terminou em oito lambaris, todos de tamanho grandes. 
A chuva começou a pingar e a roncar trovões, era hora de ir para casa.

Adoro este peixe, ainda mais pescando com a técnica de Fly-Caipira, acredito que desta forma a pescaria fica mais justa para o peixe alem de termos o desafio de simular uma mosquinha e enganar peixes tão arriscos como estes.

Sempre agradeço a Deus por lugares como este e rogo sua proteção para que permaneça assim como sempre foi até agora.
Um rio de águas cladalosas, rochoso com lambaris e saicangas em suas águas.

Sol de 39 Co, muita proteção é fundamental.

Lambari Surfando

Grande Lambari

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Dicas de um Pescador - Pescaria de Praia - Como iscar corretamente o camarão

Muitas vezes me perguntam sobre como iscar o camarão no anzol.
As vezes sou abordado por caminhantes que até ficam admirados da forma que coloco o camarão no anzol. Bem aqui vai minha dica e a explicação do por que faço como faço.

1o - Sempre utilize camarão fresco. Lembre-se da regra "Utilizar camarão que você estaria disposto a consumir".
2o - Descasque o camarão.
3o - Isque o camarão passando várias vezes o anzol pela lateral da isca.
3o - Aqui vai um segredo: Esmague um pouco o camarão para que ele quebre as fibras. Isto aumenta a percepção do peixe na isca.
4o - Deixe a ponta do anzol descoberta: Alem de facilitar a fisgada por incrível que pareça atrai o peixe pelo brilho prateado do anzol.
5o - Ao utilizar elástico de fixação, não exagerar, algumas voltas já são o suficiente. De preferência para amarrar mais a isca no pé do anzol, dando algumas voltas pelo corpo do anzol. Lembre-se o objetivo é fixar a isca no anzol, não é deixa-la grudada para sempre.

O anzol possui posição correta também, já falei disto em outra ocasião, mas não custa repetir, coloque a linha pelo lado da curva do anzol, nunca pelas costas do anzol. Este fato aumenta e muito a fisgada, faça um teste, se o anzol for colocado a linha pelas costas ao puxar ele se abre ao contrário da puxada se desviando da boca do peixe.

Trouxinha de camarão


Canal Diário de um Pescador no Youtube

Novidade - Agora o Diário de um Pescador possui um canal no youtube.


Chamada Curta do Canal
https://youtu.be/Hk0JbW8xwoc

https://www.youtube.com/watch?v=Hk0JbW8xwoc&list=PL_AHBk51fmzKbyO36vPYSfVaYxwUXdpwZ

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Testando isca artificial na praia - Pescando com Colher

Sempre gostei de evoluir, experimentar novas formas e soluções principalmente na pesca de praia.
Em uma ida a um shopping de verão aqui perto, sabe essas feiras em galpões que costumam aparecer somente na temporada em praia do litoral catarinense. Este shopping de verão foi em barra velha, nele encontrei uma isca artificial que a algum tempo pensava em comprar.

A isca é muito simples, chamada de colher, isto mesmo, o nome diz tudo, nada mais é do que uma colher com uma garateia na ponta. Trata-se de uma das iscas artificiais mais antigas utilizadas, e por pesquisas que fiz foi originada para pesca em mar em terras frias. Esta isca acabou originando os spinners, jigs e outras iscas. 

Seu funcionamento é simples, ao ser recolhida balança de um lado para outro e o brilho prata chama a atenção de predadores. Na cor prata é mais funcional já que a maioria dos peixes do mar é prateado.

Não pude suportar a agonia e mesmo com o mar meio virado no final de tarde, fiz um testes. A pescaria acaba levando o pescador a entrar na água e a desenvolver a técnica observando qual a melhor posição de ser arremessada para produzir bem o trabalho da isca.

Arremessei até cansar o braço e começar a escurecer. Não peguei nada, mas surpreendentemente notei duas perseguições na isca o que me deixou muito entusiasmado e empolgado. "Acho que a danada funciona mesmo".

Terei que testar mais afrente para ter certeza.

Colher para pesca na praia
  

Por do sol com peixes.

Nascer do sol
Neste final de semana queria voltar a meu ritmo normal de pesca, acordei as 6:00h de sábado, peguei minha tralha que já tinha deixado preparada na sexta a noite e me mandei para a praia. Sabia que poderia até ter o privilégio de assistir o nascer do sol e observar o dia acordar devagarzinho a beira mar. Pouquíssimas pessoas, somente alguns pescadores foram chegando logo após eu fixar minhas secretárias e um ou outro caminhante de praia.

A maré estava completando o ciclo de alagamento e iniciando o ciclo de vazante, mas pescador que sou "mais vale um dia de pesca com chuva do que um dia de sol no trabalho", vamos lá, pensei em compensar com uma boa isca, varas em várias posições e muita vontade de capturar peixes.

Ao meu lado mais adiante, estava um casal novo, um  rapaz com uma vara menor, via que não estava preparado a pesca de praia com uma vara para pesca no máximo a curta distância. Tentando pegar alguma coisa e ensinando sua esposa ou namorada a tentar arremessar e aprender a pescar. Boa técnica, se o casal cria gosto pelo hobby, um será o companheiro de pesca do outro, o que pode lhe render ótimos momentos juntos e estreitar ainda mais a relação do casal.

Arremessei minha vara longa (Versus 3900T) com duas pernadas e fui iscar minha vara menor para pesca a curta distância. Logo que coloquei a linha no primeiro canal o rapaz me interrompeu todo sem graça, "Bom dia, o senhor sabe se tem uma loja de material de pesca aqui por perto", perguntei a ele o que ouve, tinha perdido a chumbada. Até sei por que, mas isto vou deixar para falar em outro post. Orientei a ele onde tinha uma loja e ofereci a emprestar uma chumbada para ele. O Garoto saiu faceiro continuar sua pesca e disse que devolveria quando fosse embora.

Olhei minha vara maior e notei batidas de ponta de vara. Fisguei para confirmar e senti o peso, comecei a recolher a sobra da linha que era formada por levantar a vara e a puxada ficou estranha, parecia um zig e zag meio sem forma, pesado e atrapalhado. "Acho que é um duble", mas não pareciam peixes muito grandes. Dito e feito um duble de pequenos bagres, "Hia-Hia estava me presenteando".

Bati a foto rápido pois minha vara a curta distância estava dando sinal, fisguei mas não veio nada, o camarão estava todo mordiscado, sinal de pequenos peixes ou siri. Isquei as varas e coloquei na mesma distância só que em posições diferentes.

Quase após o arremesso da vara maior, uma fisgada, fui recolhendo e de repente o peso aumentou e ficou ainda mais louco, fui recolhendo e pude ver mais um duble, dois bagres que tamanho bom.  Bati a foto rapidamente, soltei os garotos e fui ajudar a outra vara que estava louca pulando na secretária. Fisguei e fui recolhendo, pelo tipo de briga de puxar e se fixar era outro bagre. Dito e feito, um outro bagre com inveja da dupla, veio bater foto.

Maravilha pura, em menos de 15 minutos de pesca efetiva, muita ação e 5 peixes. Depois disto, iniciou-se um ritual infinito de trocar a isca, bateu a sirizada que não deu trégua, mudei a vara para todas as posições, a maré está em seu estado mais vazante e pelo sinal de siris não tinha peixe no local.


O jeito foi aguardar o ciclo retornar e ver se pegava mais alguma coisa, observando o nascer do sol magnífico a minha frente e a quantidade de caminhantes que foi aparecendo. Na areia ocorre também um ciclo humano, inicia pelos pescadores, depois pelos caminhantes, depois aparece os bombeiros colocando bandeiras e logo após os banhistas. Quando chega o ultimo ciclo é hora de começar a pensar em ir embora, por que mesmo a praia toda deserta os banhistas sempre insistem em se banhar próxima as varas o que é um risco enorme para o pescador.

Antes de ir embora o rapaz veio até mim e me devolveu a chumbada, sintático perguntou, "pegou alguma coisa ?", mostrei a ele as fotos, ficou admirado pois tinha pegado apenas um pequeno bagrinho. Mas é assim "de bagrinho em bagrinho é que se pega um Pampão".

Hora de voltar, 9:30h fui recolhendo meu material e para terminar bem, um pampinho veio na vara a curta distância, nem quis bater foto, se soltou do anzol quando fui pega-lo e voltou para o marzão rebolando a toda.

Maravilha de pescaria, agora é voltar para casa e domar um segundo café.


Esta  foto bati sem querer mas ficou linda

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Dicas de um Pescador - Pescaria de Praia: Como conservar camarão para pesca de praia

Sem sombra de dúvida o camarão é a isca universal para pesca de praia. Sua produtividade tanto em captura quanto em quantidade de espécies é indiscutível. Alem de ser de certa forma fácil de ser encontrada, pelo menos em tempos em que sua pesca não é proibida.

Mas a pergunta sempre vem, o que fazer em épocas em que é proibido a pesca do camarão? Outra pergunta, o que faço para ter disponível sempre isca para pescar e não depender da sorte de tentar encontrar boas iscas?

Minha dica de hoje vem ajudar os pescadores prevenidos em possuir sempre a disposição boas iscas para pescar.
Embora fica aqui minha opinião, nada se iguala ao camarão fresco do dia, aquele que não passou por resfriamento ou conservação imprópria.

Então aqui vai a dica:
COMO CONSERVAR CAMARÃO PARA PESCA DE PRAIA.

1. Compre camarão fresco, deve ser camarão que não passou por congelamento e que esteja em ótimo estado.
2. Retire a água que tenha no camarão colocando em um recipiente e deixando escorrer.
3. Não lave o camarão com água doce. 
4. Retire as cabeças dos camarões sem lava-los em água doce.
5. Deixe com casca e com as patas.
6. Escora novamente e adicione sal.
7. Pode ser colocado um pouco de sal grosso.
8. Sacuda o recipiente para que o sal se espalhe em todo o camarão.
9. Agora é só colocar no congelador.
10. Pode-se utilize cada porção para uma pescaria. Não aconselho retornar a congelamento, pois após utilizar a primeira vez o camarão perde sua qualidade.
Aconselho fazer pequenas porções condicionando em pequenos potes pronto para cada pescaria.



sábado, 6 de fevereiro de 2016

Pescando na Praia da Enseada em Barra Velha


A pescaria de hoje foi na praia da enseada em Barra Velha - SC.
O lugar é simplesmente magnífico, protegido por se tratar de uma reserva para a procriação da Coruja da areia, uma espécie hemigâmica (só tem ali) da região.

A praia da Enseada margeia um lingo lago natural, a estrada de chão tem como companheira de um lado o lago e do outra a praia. Por se tratar de uma reserva é proibido acampamentos e construções no local, criando uma excelente praia para prática da pesca de praia, sem falar no privilégio de não possuir banhistas, surfistas, vendedores e até salva vidas. Ressume-se em pescadores e visitantes que somente passam e apreciam o local.

Levei para minha escaria todo meu arsenal, não queria perder a chance de boas fisgadas. Instalei minha SuperCast de  3,80m com molinete Marines Sport XT6000, esta utilizei para pescar mais ao fundo após a terceira linha de arrebentação, uma vara curta para pesca a curta distância com molinete XT2000, e minha Versus 3600T 3,80m com um molinete Marines Elite 3000. Todos com linha 0,20mm com arranque de 0,35mm com duas e três pernadas.

Meu erro já iniciou na isca, acabei esquecendo de comprar uma boa isca. Lembra de minha dica sobre iscas, pois é, utilize sempre camarão que você mesmo tem vontade de comer. Acabei levando camarão que tinha na geladeira e já passou por dois congelamentos, estava borrachudo e sinceramente, não comeria.

Mas mesmo assim, tentei compensar com minha técnica e minha tralha. Armei as varas com 7 a 8 metros de distância uma das outras, uma em cada valeta de pesca, uma na primeira arrebentação, uma na segunda e outra bem ao fundo.

Depois de 1,5 de pescaria, pensei que a coisa não seria muito boa, nem sinal de peixe e minha decepção foi aumentando. Comecei a pescaria por volta das 16:00 horas e até as 18:00, nada, nem um beliscão, só o que me consolava era olhar os demais pescadores, que também não tiravam nada na água.

Minhas mulheres (filhas e esposa) chegaram para me buscar e ficar um pouco por ali, e minha frustração foi se transformando em pânico. Comecei a analisar meus erros, o local e o ambiente, observei que mais uma vez a água estava muito quente, mas muito mesmo, outro fato, muitos peixes mortos na areia. São dois sinais desfavoráveis, peixes mortos pode ser resultado de pesca predatória, onde barcos passam com a rede, rastelando tudo que encontram. 
A água quente do mar é outro fator, pelo que observo em dias assim o peixe procura por águas mais frias, talvez por sentir calor, brincadeiras a parte, a água quente afasta as criaturas da areia e afugenta o peixe por não encontrar nada para comer.

E assim bateu as 20:00h praticamente e não obtive nenhum sucesso, a isca borrachuda, água quente, peixes mortos compensaram o belo dia, com água clara, formação das ondas muito boa pra criação de canais e minha vontade.

Fica para próxima, e fica aqui minha dica "pesque apenas com camarão que você sinta vontade de comer", caso contrário a pescaria somente vai lhe render bons momentos na natureza.